As campanhas de sensibilização realizadas pela ONG Associação
Amigos do Transplante de Medula (ATMO), em conjunto com a Fundação Hemeron, estão
contribuindo para aumentar o número de doadores voluntários no Estado
junto ao Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome). Um ato solidário que
pode salvar vidas e que aos poucos está sendo desmistificado em Porto Velho em
função do trabalho realizado pela ONG junto a sociedade. Somente neste mês de
fevereiro, quatro campanhas de coleta e sensibilização foram realizadas, a
última aconteceu na sexta-feira (15), na sede do Tribunal de Justiça do Estado
de Rondônia.
“Os servidores do tribunal aderiram a campanha, se
mostraram sensibilizados com o nosso chamamento e vieram espontaneamente se
oferecer para cadastrar-se como doadores voluntários de medula”, resume o coordenador
do núcleo da ATMO em Porto Velho, Lindberg Oliveira. Ele fez uma peregrinação
em todas as salas do Tribunal para convidar os servidores a doar, explicou como
funciona o Redome e falou da imensa responsabilidade que assumiam ao doar a
amostra de sangue. “Se tiver alguém em algum lugar do nosso país que precise
dessa doação vocês serão chamados e se desistirem, deixarão frustrada uma
expectativa de vida”, salienta.
A estagiária Vanessa Ferreira Goes, de 19 anos, é uma das
pessoas que resolveu vencer o medo e se cadastrar voluntariamente como doadora após
a sensibilização. “Salvar uma vida é muito mais importante do que qualquer
eventual dor que eu possa ter nesse processo. Vou compartilhar com a minha
família e convidá-los também a se cadastrarem”, afirmou a jovem estudante de
Direito.
Já o servidor Félix Rodrigues da Silva, tem tradição de
doar em família. Sua esposa é doadora de sangue e de leite materno. Porém ele
nunca se cadastrou como doador. A
facilidade de ter a Fundação Hemeron no ambiente de trabalho, o
histórico de sua esposa como doadora e pelo fato de ter dois filhos pequenos que, como ele
disse, “não sabemos se um dia eles podem precisar de doação”, o estimularam a
se cadastrar. “A palestra que assisti da ATMO foi muito estimuladora e nos fez
sentir como é gratificante ser um doador e poder salvar uma vida. Esse fato em
si já leva a superação de qualquer obstáculo”.
Ainda neste mês de fevereiro foram feitas campanhas de
sensibilização na igreja Gileade, no Corpo de Bombeiros e na Faculdade Fimca. Nos
últimos três anos foram cadastrados mais de 64 mil doadores de medula em todo o Estado de Rondônia e o trabalho será sempre
contínuo, afirma Lindberg Oliveira.
Quem quer ser um doador voluntário de medula
Para doar
é preciso ter entre 18 e 54 anos de idade, não ter doença infecciosa ou
incapacitante. O cadastramento e a doação, quando existe a compatibilidade,
independem do peso ou do tipo sanguíneo. Diabéticos, pessoas com tatuagem, quem
já teve hepatite, mulheres grávidas e hipertensos podem se cadastrar. Nada
impede a doação quando existe a compatibilidade. As pessoas que quiserem se
cadastrar para doar, podem se dirigir ao Fhemeron de Porto Velho e nas demais
unidades do interior. O cadastro é feito com uma pequena retirada de sangue
(5ml) por sua veia e ao preencher uma ficha com informações pessoais
(identidade, endereço, telefone).
Triagem da Medula
Após o cadastramento e a coleta do material, o
Nativida/HLA realiza os exames de
diagnóstico de compatibilidade de doares e receptores e envia os cadastros para
o REDOME. O laboratório também está habilitado para acompanhar o tratamento dos
doentes identificados na triagem. Hoje o
laboratório faz os exames de Tipagem de Rim II em doador vivo ou com morte
encefálica, assim como a compatibilidade de doadores aparentados de medula
óssea.
Álbum de fotos.
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